A obesidade é o resultado do acúmulo excessivo de gordura que excede aos padrões estruturais e físicos do corpo. De acordo com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH), um aumento de 20% ou mais acima de seu peso corporal ideal significa que o excesso de peso tornou-se um risco à saúde.
A doença não está relacionada apenas ao consumo excessivo de alimentos e falta de exercícios físicos. Fatores genéticos e distúrbios hormonais também podem levar à obesidade.
Estudos recentes demonstram que, uma vez que a doença se instala, esforços como programas de dieta e exercícios não são eficazes a longo prazo e o controle do peso em excesso é algo que os pacientes devem lidar durante toda a vida.
A primeira opção para se livrar do excesso de peso é o chamado tratamento clínico. Normalmente após uma avaliação de um médico endocrinologista, excluídas as causas clinicas, o mesmo deverá propor ao paciente uma mudança na escolha alimentar, priorizando alguns tipos de alimentos em detrimento de outros, reorganizar os horários das refeições, iniciar ou aumentar a pratica de atividade física, podendo em casos especiais propor o uso de medicação que otimize a perda de peso e facilite as mudanças comportamentais.
Normalmente solicita-se uma avaliação nutricional que pode ser feito por uma nutricionista ou por um médico com especialização em Nutrologia. Também podem fazer parte da equipe um fisioterapeuta, um Educador Físico e um psicólogo. O objetivo é a conscientização da sua relação com a comida e o que ela representa na vida do paciente, da necessidade de trocar o sedentarismo e a má alimentação por hábitos de vida mais saudáveis que contemplem atividade física e uma dieta balanceada.
Quando o tratamento clínico falha e se mostra ineficaz para a redução do peso, uma cirurgia pode ser considerada. Existem várias técnicas de cirurgia bariátrica e cabe ao médico apresentá-los e recomendar ao paciente a técnica mais segura e ideal.
Os pacientes que podem fazer a cirurgia bariátrica são aqueles com Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 40 kg/m², que passaram pelo tratamento clínico e não obtiveram resultados satisfatórios, ou aqueles com IMC a partir de 35 kg/m² que apresentam doenças associadas à obesidade como diabetes, hipertensão arterial, dislipidemia e apneia do sono.
A obesidade pode causar uma série de doenças conhecidas como comorbidades e que aumentam em muito a taxa de mortalidade, além de diminuir a expectativa de vida dos doentes. As mais conhecidas são hipertensão arterial (pressão alta), diabetes mellitus, cálculos (pedras) da vesícula biliar, depressão, doenças nas articulações (principalmente nos joelhos), dificuldade para respirar durante o sono (apneia noturna), cansaço fácil, úlceras e varizes de membros inferiores, impotência sexual no homem além de um incidência maior de infarto agudo no miocárdio.
O bypass gástrico, também conhecido como gastroplastia redutora, é a técnica de cirurgia bariátrica mais praticada no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), cerca de 75% das cirurgias realizadas no país são feitas com essa técnica. Neste método, o paciente perde de 70% a 80% do peso pré-operatório com segurança.
No bypass gástrico, o cirurgião grampeia parte do estômago, que reduz o espaço para o alimento, e desvia parte do intestino inicial. Isso promove um aumento na produção de hormônios que dão saciedade e diminuem a fome. Essa somatória entre menor ingestão de alimentos e aumento da saciedade é o que leva ao emagrecimento, além de controlar o diabetes e outras doenças como a hipertensão arterial e níveis elevados de colesterol e triglicérides. Uma parcela importante de pacientes submetidos a essa cirurgia deixa de tomar medicamentos que antes eram essenciais para controle das doenças acima.
Essa técnica é amplamente realizada pela nossa equipe utilizando a Cirurgia Robótica e Videocirurgia. Nossa especialização com diversos cursos realizados e treinamentos no exterior em centros de excelência nos permite dizer que se trata de uma técnica bastante segura e com ótimos resultados, inclusive sendo a base atual da cirurgia de diabetes; com baixos índices de resultados não desejáveis. A técnica pouco invasiva permite uma recuperação com menos dor, menores cortes e menores riscos de infecções.
O paciente normalmente é submetido a cirurgia e em 48hrs recebe alta hospitalar, com retorno as suas atividades rotineiras de forma precoce e segura.
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