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Refluxo

Refluxo

Fonte: Dr. Marcelo Pedro

Palavra comum entre as pessoas batendo papo no café do escritório, na fila do banco, em reuniões com amigos e familiares. Hoje a Doença do Refluxo Gastroesofágico (D.R.G.E), como é denominada no meio médico, virou assunto de conversa entre colegas de trabalho devido à sua alta incidência e prevalência na população em geral.

Estima-se que ao menos 12 milhões de brasileiros que vivem em áreas urbanas apresentem refluxo, este é um dado estatístico do Consenso Brasileiro de Doença do Refluxo que entrevistou pessoas em algumas capitais brasileiras. Este é um numero extremamente elevado, nos Estados Unidos estima-se que esta incidência seja ainda maior, em torno de 21 milhões de norte americanos.

Por que hoje em dia sempre escutamos falar que alguém próximo apresenta refluxo e há alguns anos atrás não ouvíamos tanto?

Talvez esta explicação esteja ligada a mudança de hábitos de vida, vivemos na era da internet, todos fazem tudo na velocidade da transmissão de dados, inclusive as refeições, ocorre também uma dupla jornada de trabalho, muitas pessoas trabalham e estudam, chegam em casa tarde, jantam e vão deitar-se, esse tipo de atitude é um dos mecanismos conhecidos para que ocorra o refluxo.

Mas o que é o refluxo?

Refluxo é quando o conteúdo do estomago atinge o esôfago, este conteúdo pode ser composto pelo ácido, bile, e mesmo conteúdo alimentar.

Como o esôfago não esta preparado para receber ácido, ocorrem sintomas relacionados a esta exposição. Estes sintomas são desde a queixa clássica de sentir queimação, azia no peito que pode atingir inclusive a boca, causando um gosto amargo até manifestações que nós classificamos como extraesofágicas, ou seja, dor de garganta, pneumonias por aspiração do ácido, mais comum em idosos e acamados, dor no peito que simula o infarto, tosse crônica (cada vez mais comum), sensação de algo parado na garganta (globus).

Essas manifestações muitas vezes não são associadas ao refluxo em um primeiro momento, como a tosse, muitas vezes o paciente procura outras especialidades antes de chegar ao gastroenterologista, difícil imaginar que uma tosse persistente possa estar relacionada ao estomago e não às vias aéreas.

Estou com refluxo, o que fazer?

Inicialmente, se você apresenta sintomas persistentes, o ideal é que consulte um gastroenterologista. Normalmente, diante de um paciente com queixas clássicas de refluxo, o médico pode seguir dois caminhos, ou solicitar uma endoscopia, ou, iniciar tratamento com medicamento especifico para manter o ph gástrico elevado.Por que é necessário que mantenhamos um ph elevado?, com ph abaixo de 3 por exemplo, ocorre a ativação de uma enzima, produzida pelo nosso organismo, denominada pepsina, esta enzima é a responsável pela maior parte das lesões que ocorrem no estomago, esôfago e duodeno. Portanto, é necessário que mantenhamos o ph gástrico acima de 4 , por mais tempo possível, para que não ocorram as lesões no esôfago, denominadas esofagites que podem ser classificadas em erosivas e não erosivas.

Se o paciente além dos sintomas de refluxo, apresente também sinais de alarme (emagrecimento, dificuldade para deglutir, idade acima de 40 anos) é obrigatória a realização de endoscopia. Com o exame de endoscopia o médico poderá diagnosticar se há lesões no esôfago (esofagite), avaliar a gravidade destas lesões, avaliar se existe algum problema anatômico que leve ao refluxo, como uma Hernia Hiatal (migração de uma porção do estomago acima do diafragma), avaliar se existem complicações decorrentes de refluxo (esofago de Barrett, displasias de alto grau, câncer de esôfago, estenoses) e avaliar a efetividade do tratamento quando este foi instituido, porém não é o exame de endoscopia que nos da o diagnóstico de refluxo, saibam que em média 50% dos pacientes que apresentam refluxo, tem exame endoscópico absolutamente normal.

Uma das explicações para o exame endoscópico ser normal é o clareamento esofágico, ou seja, a defesa individual do paciente ao material refluído; quando ocorre o refluxo, existe um mecanismo de defesa denominado clareamento esofágico, que consiste em aumento da salivação, a saliva é básica e ajuda a equilibrar o ácido, ocorre também um aumento das contrações esofágicas, movimentos peristálticos que consistem em uma verdadeira “ordenha” do esôfago, levando o ácido devolta ao estomago. Existem outros fatores que explicam o porque de alguns indivíduos apresentarem lesões e outros não, como a própria resistência individual da mucosa esofagiana.

O tratamento da Doença do Refluxo Gastroesofagico consiste em terapia medicamentosa associada a mudança de hábitos, normalmente utilizamos uma classe de medicamentos denominada inibidores de bomba de prótons, o famoso omeprazol é um dos representantes dessa classe e o primeiro inibidor de bomba protônica que surgiu no final dos anos 80.

Após o omeprazol, surgiram novos inibidores que apresentam mesmo mecanismo de ação com diferenças sutis entre eles que podem determinar qual o melhor inibidor para cada paciente; quanto à mudança de hábitos, é importante a perda de peso, parar de fumar, comer devagar é imprescindível, se o paciente como rápido, o alimento permanece por muitas horas dentro do estomago e na tentativa de digerir este alimento, o estomago acaba sendo inundado por acido, não comer e deitar, aguardar pelo menos duas horas antes de deitar-se e elevar a cabeceira da cama por 15 a 20 cm, são medidas comportamentais que auxiliam bastante no tratamento da Doença do Refluxo.

Quando o refluxo torna-se de difícil controle, o medico pode solicitar exames complementares para auxiliá-lo no diagnóstico como a Phmetria e a manometria esofágica, estes exames auxiliam o médico a entender os mecanismos de refluxo envolvidos individualmente.

A Phmetria, nos auxilia a entender qual o ph que esta sendo refluído ao longo de quase 24 horas de monitorização, para tanto o paciente permanece com um cateter que é introduzido pela narina e estende-se até 5cm antes de atingir o estomago, na ponta deste cateter existe um sensor que é capaz de monitorar quando o ácido atinge o esôfago, este exame nos mostra também quantas vezes ocorreu refluxo durante o período de monitorização e se o paciente estava em pé, deitado, se havia comido, e se o sintoma apresentado esta correlacionado com episódios de refluxo.

Já a Manometria esofágica, permite que o médico avalie o peristaltismo do órgão, ou seja, permite que avaliemos se a deglutição é efetiva, se o esôfago apresenta força de contração para mover o bolo alimentar da boca até o estomago, se a pressão do esfíncter esofágico inferior (válvula no final do esôfago) é normal, ou se o esfíncter é hipotônico, o que representa um dos mecanismos do refluxo.

Existem outro exames que podem ser solicitados pelo médico para avaliar o refluxo, como a impedanciophmetria, que é um exame mais sofisticado que a manometria e phmetria, pois permite que avaliemos se o refluxo é ácido, alcalino,se é solido, liquido ou gasoso, mas é um exame caro e as operadoras de saúde ainda não cobrem o valor do exame, ou a cintilografia que também ajuda no diagnóstico da doença.

A Doença do Refluxo Gastroesofágico é uma doença multifacetada e que necessita da avaliação de um especialista para que o paciente encontre a resolução dos sintomas e alivio, para um problema cada vez mais comum entre nós.


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